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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Queira o bem.

"-Livrai-me de tudo aquilo que for vazio de amor." 
E assim lá foi ela sorridente, mais leve e bem tranquila. Não sabia se estava fazendo o certo, só sabia que estava fazendo o que o corpo e a mente, intensamente, a mandava fazer. Tinha uma única certeza: não estava errando. Não no caso dela. Não naquele contexto. Não naquele momento. 

Ela costumava sempre dizer mais: onde há amor, há verdade de alguma forma. Mas não se pode confundir amor com qualquer outra coisa, qualquer outro sentimento. Agir por amor, meu bem, é como correr sobre brasas: queima, dói, mas você não se importa. Logo essa dor passa, e passa quando você olha para trás e vê o que percorreu. Oh se passa! E sim, ela se decepciona umas tantas vezes, tropeça e cai, levanta e segue em frente. Não se atreve em dizer que não vai olhar pra trás, embora ande sempre para frente. 

Deste modo, segue sua vida, desejando o bem a quem puder, e evitando desejar o mal a quem, mesmo assim, merecer. Ignorar sempre foi sua principal arma. E todas as noites antes de dormir ela insiste em dizer: "Livrai-me de tudo aquilo que for vazio de amor."