Páginas

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Amor próprio

"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre?! Sem saber que o pra sempre, sempre acaba..."

A vida imita a arte. A arte imita a vida. E assim vamos, conhecendo e esquecendo, entre idas e boas vindas pessoas e momentos, e sentimentos, e lembranças, e descasos, e sorrisos, e lágrimas, entre altos e baixos. Sempre digo; do mínimo ao máximo, incansavelmente! Quão relevante é a importância de alguém em determinado momento e quão insignificante é a sua presença em outros. Quantas vezes já nos sentimos sem chão, sem apoio, e ao mesmo tempo depositamos este apoio a pessoas que não eram nada além de um conhecido qualquer. Um conhecido que passou a ser desconhecido. Um conhecido que passou a ser um desprezível. E o melhor: quantas vezes olhamos para trás e nos sentimos aliviados por nos ter livrado 'daquilo'?!

Temos sim essa mania feia de depositar nossa alegria em outras coisas ou em outras pessoas, quando na verdade o melhor depósito de tudo isso somos nós mesmos. Nós somos o nosso depósito de esperança, de sorrisos, de tranquilidade e liberdade. Somos também depósitos de nossas tristezas e amarguras quando queremos. Quando queremos! Há uma coisa certa nisso tudo: nascemos sozinhos, e somos felizes sozinhos. Não precisamos de pessoas para completar nossa felicidade mas sim de pessoas para compartilhá-la em todos os momentos. Precisamos de pessoas para estar ao nosso lado ser feliz junto conosco, e não por nós. Há uma enorme diferença nisso. 

Entre amar ao próximo e amar um alguém há um amor próprio no meio. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Multipolar

Não sei vocês, mas eu tenho um poder de me reinventar todos os dias. E quando digo 'todos os dias' é necessariamente todos os dias. É simples, há quem me chame de bipolar. Eu já acho que sou multipolar mesmo.

Mudo de acordo com o dia, as pessoas, os acontecimentos, um desejo, um olhar diferente sobre alguma coisa. Tenho alergia a monotonia. Sim, pago caro por isso, mas não me arrependo. Quem, de alguma forma, por alguns instantes que tenha sido, teve a possibilidade de participar diretamente de algum momento da minha nada calma vida sabe bem do que eu tô falando. Não necessariamente são sempre coisas novas. Tenho mania pelo velho, uma curiosidade de saber como ele ainda está. Mas tudo tem prazo de validade. Estar válido ou não é de fato questão de tempo. Tenho meus dias cultos, baixos, desligados, intensos, felizes, ausentes, enfim. Fico pensando como deve ser (ou não) interessante conviver com alguém que você sabe exatamente o que dizer, ou o que fazer, o que esperar, como agir. Eu já tentei mas não é pra mim. Reclamo, as vezes, de mim mesma, mas fazer o quê?! Eu, e somente eu, sou obrigada a conviver com tudo isso todos os dias de minha vida.

Não é qualquer um que aguenta, talvez ninguém, mas se isso é feliz ou infelizmente, eu ainda tô pra saber.