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terça-feira, 13 de março de 2012

Lembranças

Sabemos que pessoas podem entrar por acaso em nossas vidas, mas não é por acaso que elas permanecem. Não sei se essa frase é considerada clichê, mas ela faz sentido. Há, porém, um pequeno detalhe: raramente notamos a magnitude dela.

Todos os dias temos oportunidades de, não somente demonstrar às pessoas que gostamos a importância delas em nossa vida, como também nos tornar pessoas importantes para elas. Temos o poder de sermos inesquecíveis para os outros, é uma questão de vontade. Mais de ação do que de vontade, digamos. A vida é uma aventura, realmente, e não sabemos quando ela termina. Todos os dias quando acordamos temos uma nova chance de fazer algo bom, do bem, para nos tornarmos especiais, para fazermos alguma diferença no meio de tanta gente, nem que seja somente para uma pessoa. Isso basta. Todos os dias temos uma nova chance de dizer o que ainda não foi dito, de demonstrar o que ainda está escondido, tímido, acanhado, de fazer o que insistimos em adiar e de agradecer por mais uma chance, mais um dia. Todos os dias temos a chance de amar alguém mais do que se amou no dia anterior e menos do que se amará no dia seguinte. Temos também a chance de deixa-los cientes disso.
O que se viveu vai sendo arquivado, guardado, memorizado e eternizado em nossa memória. Tornam-se lembranças, boas ou ruins, de algo que vivemos, no sentido literal da palavra mesmo. E cada dia que temos não é um dia a mais e sim um dia a menos. Não percamos tempo! O que pode ser tarde demais, também pode ser inexistente. E para fechar no melhor estilo clichê: Antes tarde do que nunca.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Amor próprio

"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre?! Sem saber que o pra sempre, sempre acaba..."

A vida imita a arte. A arte imita a vida. E assim vamos, conhecendo e esquecendo, entre idas e boas vindas pessoas e momentos, e sentimentos, e lembranças, e descasos, e sorrisos, e lágrimas, entre altos e baixos. Sempre digo; do mínimo ao máximo, incansavelmente! Quão relevante é a importância de alguém em determinado momento e quão insignificante é a sua presença em outros. Quantas vezes já nos sentimos sem chão, sem apoio, e ao mesmo tempo depositamos este apoio a pessoas que não eram nada além de um conhecido qualquer. Um conhecido que passou a ser desconhecido. Um conhecido que passou a ser um desprezível. E o melhor: quantas vezes olhamos para trás e nos sentimos aliviados por nos ter livrado 'daquilo'?!

Temos sim essa mania feia de depositar nossa alegria em outras coisas ou em outras pessoas, quando na verdade o melhor depósito de tudo isso somos nós mesmos. Nós somos o nosso depósito de esperança, de sorrisos, de tranquilidade e liberdade. Somos também depósitos de nossas tristezas e amarguras quando queremos. Quando queremos! Há uma coisa certa nisso tudo: nascemos sozinhos, e somos felizes sozinhos. Não precisamos de pessoas para completar nossa felicidade mas sim de pessoas para compartilhá-la em todos os momentos. Precisamos de pessoas para estar ao nosso lado ser feliz junto conosco, e não por nós. Há uma enorme diferença nisso. 

Entre amar ao próximo e amar um alguém há um amor próprio no meio. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Multipolar

Não sei vocês, mas eu tenho um poder de me reinventar todos os dias. E quando digo 'todos os dias' é necessariamente todos os dias. É simples, há quem me chame de bipolar. Eu já acho que sou multipolar mesmo.

Mudo de acordo com o dia, as pessoas, os acontecimentos, um desejo, um olhar diferente sobre alguma coisa. Tenho alergia a monotonia. Sim, pago caro por isso, mas não me arrependo. Quem, de alguma forma, por alguns instantes que tenha sido, teve a possibilidade de participar diretamente de algum momento da minha nada calma vida sabe bem do que eu tô falando. Não necessariamente são sempre coisas novas. Tenho mania pelo velho, uma curiosidade de saber como ele ainda está. Mas tudo tem prazo de validade. Estar válido ou não é de fato questão de tempo. Tenho meus dias cultos, baixos, desligados, intensos, felizes, ausentes, enfim. Fico pensando como deve ser (ou não) interessante conviver com alguém que você sabe exatamente o que dizer, ou o que fazer, o que esperar, como agir. Eu já tentei mas não é pra mim. Reclamo, as vezes, de mim mesma, mas fazer o quê?! Eu, e somente eu, sou obrigada a conviver com tudo isso todos os dias de minha vida.

Não é qualquer um que aguenta, talvez ninguém, mas se isso é feliz ou infelizmente, eu ainda tô pra saber.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Do fundo do meu coração.

"Eu, cada vez que vi você chegar, me fazer sorrir e me deixar, decidido eu disse: nunca mais. Mas novamente estúpido provei desse doce amargo, quando eu sei, cada volta sua o que me faz. Vi todo o meu orgulho em sua mão, deslizar, se espatifar no chão. Eu vi o meu amor tratado assim. Mas basta agora o que você me fez, acabe com essa droga de uma vez, não volte nunca mais pra mim. 

Eu, toda vez que vi você voltar, eu pensei que fosse pra ficar e mais uma vez falei que sim. Mas já depois de tanta solidão, do fundo do meu coração, não volte nunca mais pra mim. Se você me perguntar se ainda é seu todo o meu amor, eu sei que eu certamente vou dizer que sim. Mas já depois de tanta solidão, do fundo do meu coração, não volte nunca mais pra mim. Acabe com essa droga de uma vez, não volte nunca mais pra mim."

Roberto Carlos.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Nos embalos de um domingo a noite

De repente, me pego pensando no passado e no máximo que minha memória permite. Me recordo de vários feitos, uns desastrosos e outros gloriosos. Me vem em mente também várias pessoas que passaram pela minha vida. E não poderia esquecer de tantos erros e acertos. Penso se repetiria tudo novamente, e acredito que se houvesse tal oportunidade, a resposta seria sim. Uma escolha errada, no local errado e na hora errada pode não somente fechar várias portas no futuro, como também abrir outras tantas. 

Carrego comigo uma mala repleta de erros [e acertos também, mas não são todas as pessoas que os notam] e de fato os transformo em experiência. Por que não os considerar importantes, não é?! É errando que se aprende... e que se vive, que se melhora, que se aprimora. Os repetiria por vários motivos, e um deles é o fato de alguém por acaso não ter me avisado das consequências, ou, se avisou, a minha vontade de fazê-los foi tamanha que assumi [mesmo que inconscientemente] o risco. Se não me engano, fui feliz os cometendo! No final, é isso que importa. Enquanto não posso prever o futuro, vou vivendo, errando e acertando, seja por qual motivo for, e se me permitem, aconselho a vocês fazerem o mesmo. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Queira o bem.

"-Livrai-me de tudo aquilo que for vazio de amor." 
E assim lá foi ela sorridente, mais leve e bem tranquila. Não sabia se estava fazendo o certo, só sabia que estava fazendo o que o corpo e a mente, intensamente, a mandava fazer. Tinha uma única certeza: não estava errando. Não no caso dela. Não naquele contexto. Não naquele momento. 

Ela costumava sempre dizer mais: onde há amor, há verdade de alguma forma. Mas não se pode confundir amor com qualquer outra coisa, qualquer outro sentimento. Agir por amor, meu bem, é como correr sobre brasas: queima, dói, mas você não se importa. Logo essa dor passa, e passa quando você olha para trás e vê o que percorreu. Oh se passa! E sim, ela se decepciona umas tantas vezes, tropeça e cai, levanta e segue em frente. Não se atreve em dizer que não vai olhar pra trás, embora ande sempre para frente. 

Deste modo, segue sua vida, desejando o bem a quem puder, e evitando desejar o mal a quem, mesmo assim, merecer. Ignorar sempre foi sua principal arma. E todas as noites antes de dormir ela insiste em dizer: "Livrai-me de tudo aquilo que for vazio de amor."

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Saudade.

Hoje eu falar de uma coisa chata, triste e verdadeira: saudade


Seja de pessoas que estão apenas distantes, de pessoas que eu vi ontem, seja de momentos passados ou de pessoas que já foram, acredito que um dos sentimentos mais verdadeiros que podemos sentir é saudade. São lembranças guardadas na memória que eternizam um momento, uma frase, uma pessoa. Uma vez, um professor me disse que saudade de quem já se foi nada mais é do que egoísmo da nossa parte, pois sentimos falta de alguém não por este alguém fazer um bem ao mundo ou a outras pessoas, e sim por nos fazer bem, nos proporcionar o bem e nos deixar felizes apenas com sua presença. Pois sim, sou egoísta! Vejo a saudade como um belo sinal de que alguém é de mega importância para nós. Digo 'mega' não à toa. Não consigo imaginar alguém ser relativamente importante, ou ter a sua importanciazinha a ponto de nos deixar com saudades. Fazer alguém se sentir bem, hoje, talvez seja mais complexo do que imaginemos. Não me atrevo a definir este sentimento. E não o fiz até agora. Apenas posso afirmar que é um bem e um mal junto não só no coração mas no corpo todo. 


Outro dia, ano passado, um amigo me mandou um link de um vídeo, e eu passarei aqui para vocês. Alguns podem já ter visto, mas aconselho ver de novo. É uma sequencia de três videos e mostram o retorno de soldados para as suas famílias. E um detalhe que me chama a atenção nos três vídeos é que em cada um deles mostra também cachorros, e é de se notar a felicidade incondicional de um pelo outro. 


Nestes vídeos, quando os vi pela primeira vez, imediatamente veio em mente a saudade, a morte e o sentimento de ter novamente alguém próximo a nós relacionados. Me peguei pensando em como seria saber que um dia poderíamos ver, abraçar, sentir novamente alguém que já se foi. Ter a certeza de que um dia este alguém irá voltar. E logo me conformei de que isto não é possível. Então senti de alguma forma cada abraço apertado destas pessoas nos vídeos e uma felicidade por elas. Talvez elas não imaginavam que um dia poderiam te-los de volta.


E como moral da história, quero lembra-los de que ainda estamos vivos! Ainda podemos ver, falar, ouvir, sentir, ter alguém. Ainda temos este poder. E aos nossos queridos que já partiram, temos a certeza de que eles deixaram um pouquinho ou o melhor deles em nós. As boas lembranças que eles nos deixaram é o nosso melhor presente. Porém, vale lembrar que não sabemos até quando estaremos aqui, então, novamente, como costumo dizer sempre em alguns textos, aproveite não a sua vida e sim o seu dia, o agora e não desperdice a oportunidade de dizer a alguém o quanto ele é importante pra você e até agradecê-lo por isso. E o meu muito obrigada aos meu amigos, amores, família e até aos conhecidos de meros 'oi' e 'tchau'. Cada um sabe, ou deve saber, a importância que tem.


P.s.: eu SEMPRE choro ao ver estes vídeos. E sim, já fiz o teste!










Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos... Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Conversa de bar

Em um bar, surge uma conversa inusitada:
- Garçom, que dose de mentira você tem?
- Temos: eu te amo, nunca vou te deixar, eu quero você comigo, sinto saudades. E temos uma que está saindo bastante: pode confiar em mim. 

Dentre tantas doses e mentiras, eu fico com o que for verdadeiro. O que for verdadeiro e de coração, sem vergonha nem medo. Fico com tudo aquilo que me faz bem e me acrescenta. Sim, acrescenta ao invés de completar. Completos já somos por natureza. Precisamos somente de coisas e pessoas que nos acrescentam. Acrescentar somente, reter jamais! Acredito, de alguma forma, que ainda existem pessoas boas e com um coração bom. De alguma forma ainda acredito nas boas intenções. Discordo de tudo que nos põe para baixo. Sou contra o baixo astral. Que me desculpem Caio Fernando de Abreu e Clarice Lispector, mas suas frases tristes e melancólicas não me enchem os olhos. 

E voltando a conversa do bar...
- Bom, garçom, me sirva então uma dose de abraço, 3 doses de sorriso e de saideira um litro de esperança. Pode deixar que o pagamento é à vista!




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tudo diferente

"Todos caminhos trilham pra gente se ver, todas trilhas caminham pra gente se achar, viu? Eu ligo no sentido de meia verdade, metade inteira chora de felicidade.
A qualquer distancia o outro te alcança, erudito som de batidão, dia e noite céu de pé no chão, o detalhe que o coração atenta.

Você passa, eu paro. Você faz, eu falo. Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem. Não sei mas sinto uma força que embala tudo. Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate."

A qualquer distancia o outro te alcança... ♪

Mari Gadú.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tentativas

Tenho me cansado desta rotina. Mesmas conversas, mesmos conflitos e os mesmos descasos sempre e sempre. Pensei por algumas vezes em jogar tudo pro alto, me desprender de tudo isso que me atrasa, virar as costas e seguir  em frente. Em frente sempre, é assim que tem que ser. Essa ideia de voltar ao passado tem me privado de viver. Penso por alguns instantes que estou presa a um cadeado, onde machuca sempre a mesma ferida. Me encho de esperança quando não sei se ainda há esperança. Esta luta diária que tenho comigo mesma não me motiva a ir muito longe. Digo e repito: qualquer dia eu vou. Eu vou e não volto. Eu vou e fico por lá, por ai, por onde for, com quem for. Se eu tenho certeza de alguma coisa... é de que existem pessoas que me veem com outros olhos, que me querem de verdade, me querem por perto e que fariam tudo por isso. E olha que eu vou. Mas por enquanto eu fico por aqui, tentando e lutando. Sou forte, eu consigo. Se vai valer a pena ou não é só uma questão de tempo. Tempo esse que quando esgotar, não duvide, terá esgotado. 

*Dedicado =)